Celeste foi formada em 1972 na cidade de Lecce, no sul da Itália. Seus membros originais, Ciro Perrino, Leonardo Lagorio, Mariano Schiaviollini e Giorgio Battaglia, compartilhavam uma visão ambiciosa de criar música progressiva que incorporasse uma ampla gama de influências. A banda rapidamente chamou a atenção por suas composições complexas e sua abordagem eclética. Sua sonoridade, é distinta por pelo seu enfoque virtuosístico e sua capacidade de criar atmosferas emocionais vívidas.
Na sua primeira fase a banda esteve ativa entre 1972 e 1977, período durante o qual lançaram apenas um álbum. No entanto, esse álbum único se tornou um dos grandes clássicos do rock progressivo italiano, reverenciado até hoje pela sua musicalidade rica e influência duradoura. Após um hiato de quase quatro décadas, a banda foi reativada em 2016 por Ciro Perrino, o único membro original ainda presente no grupo. Esta retomada trouxe uma nova energia e criatividade à banda, que desde então tem lançado regularmente novos discos.
Desde o seu retorno, considero Echi di un Futuro Passato o maior feito da banda. Um álbum que a flauta e o Mellotron desempenham papéis proeminentes, oferecendo camadas ricas que capturam vividamente a imaginação do ouvinte. Essa presença tão forte da flauta e do Mellotron adiciona uma dimensão atmosférica e evocativa às composições, transportando os ouvintes para paisagens sonoras emocionantes.
Além disso, o uso do saxofone também ajuda a aumentar a intensidade e profundidade das composições, enquanto que seus solos adicionam uma camada de emoção às melodias, enriquecendo ainda mais a narrativa do disco. Já a base rítmica, com a sua solidez permite que as melodias e texturas se desenvolvam de maneira orgânica e coesa. O ritmo firme e preciso sustenta as composições, proporcionando uma estrutura sólida sobre a qual os elementos melódicos podem florescer e evoluir.
"Pigmenti" inicia o disco por meio de uma jornada musical completa, onde cada elemento se entrelaça de forma harmoniosa para criar uma experiência auditiva emocionante e memorável. Cada um dos instrumentos desliza brilhantemente por notas fluidas e expressivas. "Sottili Armonie", com quase 11 minutos, é a peça mais longa do disco, uma composição expansiva e envolvente que entrega uma experiência auditiva incrível, capturando a imaginação e tocando os corações dos ouvintes com suas harmonias sutis e texturas musicais riquíssimas.
"Aspetti Astratti, por meio de uma combinação de elementos sonoros diversificados, incluindo baixo fretless, metais vibrantes, Mellotron e flauta, a banda criou um verdadeiro testemunho da sua criatividade e talento, destacando-se como mais um ponto alto do álbum. "Attese Sottese" é mais uma bela faixa que se desenvolve de forma envolvente, evocando paisagens sonoras exuberantes e atmosferas oníricas. O destaque fica por conta de um solo brilhante de saxofone que rasga a peça de forma intensa.
"Misteri Evoluti" evolui gradualmente, tecendo uma tapeçaria sonora detalhada que transporta o ouvinte para um ambiente sereno e imaginativo, sendo uma verdadeira celebração à interação brilhantemente criativa, dinâmica e expressiva entre os músicos e os diferentes timbres dos instrumentos. "Madrigale" é extremamente comovente, possuindo uma paixão persistente e ao mesmo tempo frágil, além de se expressar de maneira sublime. Uma verdadeira aula gratuita de como criar uma música que tem a capacidade de ressoar diretamente no coração e na alma do ouvinte.
"Circonvoluzioni" é a peça de encerramento do álbum. O Mellotron cria uma atmosfera rica e expansiva, enchendo o espaço com suas texturas abastadas. Uma peça magistral que encapsula a habilidade da banda em criar músicas progressivas apaixonantes e emotivas. A combinação de instrumentação sofisticada, melodias cativantes e interpretações vocais expressivas resulta em uma jornada musical verdadeiramente inesquecível e que finaliza o disco brilhantemente.
Dentro da esfera da música progressiva, Echi di un Futuro Passato vai poder figurar com propriedade em qualquer lista de melhores de 2024. Cada faixa se encaixa perfeitamente no contexto geral do disco, contribuindo para uma experiência auditiva fluida e envolvente. É explícita a habilidade da banda em criar uma sequência de músicas que se complementam e se conectam de forma orgânica. A transição suave entre as faixas mantém de forma constante o ímpeto e o interesse do ouvinte, garantindo que o álbum seja uma jornada contínua e agradável do início ao fim.
Além disso, a diversidade e a riqueza musical presentes em cada faixa garantem que não haja monotonia. Cada música oferece algo único e especial, seja através das texturas sonoras, melodias inspiradoras ou performances emocionais. No geral, Echi di un Futuro Passato é maravilhoso em termos de fluidez e coesão. É uma demonstração da excelência artística da banda em criar uma experiência musical que cativa em instantes.
================================Celeste was formed in 1972 in the city of Lecce, in southern Italy. The original members—Ciro Perrino, Leonardo Lagorio, Mariano Schiaviollini and Giorgio Battaglia—shared an ambitious vision of creating progressive music that incorporated a wide range of influences. The band quickly gained attention for their complex compositions and eclectic approach. Their sound is distinctive, marked by virtuosic performances and the ability to create vivid emotional atmospheres.
In its first phase, the band was active between 1972 and 1977, during which time they released only one album. However, this singular album became one of the great classics of Italian progressive rock, revered to this day for its rich musicality and lasting influence. After nearly four decades of hiatus, the band was reactivated in 2016 by Ciro Perrino, the only original member still present. This revival brought new energy and creativity to the band, which has since been releasing new albums regularly.
Since their return, I consider Echi di un Futuro Passato to be the band's greatest achievement. It's an album where the flute and Mellotron play prominent roles, offering rich layers that vividly capture the listener's imagination. The strong presence of these instruments adds an atmospheric and evocative dimension to the compositions, transporting listeners to emotionally charged soundscapes.
Additionally, the use of saxophone further enhances the intensity and depth of the compositions, with its solos adding an emotional layer to the melodies, enriching the album's narrative. The rhythm section, with its solidity, allows the melodies and textures to develop organically and cohesively. The firm and precise rhythm underpins the compositions, providing a solid structure upon which the melodic elements can flourish and evolve.
"Pigmenti" opens the album, taking the listener on a complete musical journey where each element intertwines harmoniously to create an exciting and memorable auditory experience. Each instrument glides brilliantly through fluid and expressive notes. "Sottili Armonie," at nearly 11 minutes, is the album's longest track—a sprawling and immersive composition that delivers an incredible listening experience, capturing the imagination and touching the hearts of listeners with its subtle harmonies and richly textured musical landscapes.
In "Aspetti Astratti," through a combination of diverse sonic elements, including fretless bass, vibrant brass, Mellotron, and flute, the band has created a true testament to their creativity and talent, standing out as another highlight of the album. "Attese Sottese" is yet another beautiful track that unfolds engagingly, evoking lush soundscapes and dreamlike atmospheres. The highlight is a brilliant saxophone solo that cuts through the piece with intensity.
"Misteri Evoluti" gradually evolves, weaving a detailed sonic tapestry that transports the listener to a serene and imaginative environment, celebrating the brilliantly creative, dynamic, and expressive interaction between the musicians and the various instrumental timbres. "Madrigale" is deeply moving, possessing a persistent yet fragile passion, expressed in a sublime manner. It’s a true masterclass in creating music that resonates directly with the listener's heart and soul.
"Circonvoluzioni" is the album's closing piece. The Mellotron creates a rich and expansive atmosphere, filling the space with its lush textures. A masterful track that encapsulates the band's ability to create passionate and emotive progressive music. The combination of sophisticated instrumentation, captivating melodies, and expressive vocal performances results in a truly unforgettable musical journey that brilliantly concludes the album.
Within the realm of progressive music, Echi di un Futuro Passato will undoubtedly earn its place on any list of the best albums of 2024. Each track fits perfectly within the album's overall context, contributing to a fluid and engaging listening experience. The band's ability to create a sequence of songs that organically complement and connect with each other is evident. The smooth transition between tracks maintains the momentum and interest of the listener, ensuring the album remains a continuous and enjoyable journey from start to finish.
Moreover, the diversity and musical richness present in each track ensure that there is no monotony. Each song offers something unique and special, whether through sonic textures, inspiring melodies, or emotional performances. Overall, Echi di un Futuro Passato is a wonderful example of fluidity and cohesion. It is a testament to the band's artistic excellence in creating a musical experience that captivates instantly.
Celeste was formed in 1972 in the city of Lecce, in southern Italy. The original members—Ciro Perrino, Leonardo Lagorio, Mariano Schiaviollini and Giorgio Battaglia—shared an ambitious vision of creating progressive music that incorporated a wide range of influences. The band quickly gained attention for their complex compositions and eclectic approach. Their sound is distinctive, marked by virtuosic performances and the ability to create vivid emotional atmospheres.
In its first phase, the band was active between 1972 and 1977, during which time they released only one album. However, this singular album became one of the great classics of Italian progressive rock, revered to this day for its rich musicality and lasting influence. After nearly four decades of hiatus, the band was reactivated in 2016 by Ciro Perrino, the only original member still present. This revival brought new energy and creativity to the band, which has since been releasing new albums regularly.
Since their return, I consider Echi di un Futuro Passato to be the band's greatest achievement. It's an album where the flute and Mellotron play prominent roles, offering rich layers that vividly capture the listener's imagination. The strong presence of these instruments adds an atmospheric and evocative dimension to the compositions, transporting listeners to emotionally charged soundscapes.
Additionally, the use of saxophone further enhances the intensity and depth of the compositions, with its solos adding an emotional layer to the melodies, enriching the album's narrative. The rhythm section, with its solidity, allows the melodies and textures to develop organically and cohesively. The firm and precise rhythm underpins the compositions, providing a solid structure upon which the melodic elements can flourish and evolve.
"Pigmenti" opens the album, taking the listener on a complete musical journey where each element intertwines harmoniously to create an exciting and memorable auditory experience. Each instrument glides brilliantly through fluid and expressive notes. "Sottili Armonie," at nearly 11 minutes, is the album's longest track—a sprawling and immersive composition that delivers an incredible listening experience, capturing the imagination and touching the hearts of listeners with its subtle harmonies and richly textured musical landscapes.
In "Aspetti Astratti," through a combination of diverse sonic elements, including fretless bass, vibrant brass, Mellotron, and flute, the band has created a true testament to their creativity and talent, standing out as another highlight of the album. "Attese Sottese" is yet another beautiful track that unfolds engagingly, evoking lush soundscapes and dreamlike atmospheres. The highlight is a brilliant saxophone solo that cuts through the piece with intensity.
"Misteri Evoluti" gradually evolves, weaving a detailed sonic tapestry that transports the listener to a serene and imaginative environment, celebrating the brilliantly creative, dynamic, and expressive interaction between the musicians and the various instrumental timbres. "Madrigale" is deeply moving, possessing a persistent yet fragile passion, expressed in a sublime manner. It’s a true masterclass in creating music that resonates directly with the listener's heart and soul.
"Circonvoluzioni" is the album's closing piece. The Mellotron creates a rich and expansive atmosphere, filling the space with its lush textures. A masterful track that encapsulates the band's ability to create passionate and emotive progressive music. The combination of sophisticated instrumentation, captivating melodies, and expressive vocal performances results in a truly unforgettable musical journey that brilliantly concludes the album.
Within the realm of progressive music, Echi di un Futuro Passato will undoubtedly earn its place on any list of the best albums of 2024. Each track fits perfectly within the album's overall context, contributing to a fluid and engaging listening experience. The band's ability to create a sequence of songs that organically complement and connect with each other is evident. The smooth transition between tracks maintains the momentum and interest of the listener, ensuring the album remains a continuous and enjoyable journey from start to finish.
Moreover, the diversity and musical richness present in each track ensure that there is no monotony. Each song offers something unique and special, whether through sonic textures, inspiring melodies, or emotional performances. Overall, Echi di un Futuro Passato is a wonderful example of fluidity and cohesion. It is a testament to the band's artistic excellence in creating a musical experience that captivates instantly.
NOTA: 9.5/10
Tracks Listing
1. Pigmenti (8:47)
2. Sottili Armonie (10:51)
3. Aspetti Astratti (7:34)
4. Attese Sottese (10:31)
5. Misteri Evoluti (7:29)
6. Madrigale (10:36)
7. Circonvoluzioni (7:54)
Ouça, "Sottili Armonie"
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