Drifting Sun – Veil (2024)

 

Drifting Sun é uma banda de rock progressivo com origem em Londres, Inglaterra, tendo sido fundada nos anos de 1990 pelo tecladista e compositor Pat Sanders. Desde os primeiros momentos da banda, Sanders se destacou como uma figura criativa proeminente, liderando o grupo como o principal arquiteto sonoro e compositor. A banda possui uma identidade musical singular, caracterizada por complexidade harmônica, estruturas progressivas e uma abordagem artística distintamente sofisticada. Também costumam criar paisagens sonoras ricas, combinando elementos do rock clássico com nuances contemporâneas e experimentais.

O estilo musical do grupo combina rock progressivo com influências que abrangem desde o rock sinfônico até o art rock. Sua música se destaca por arranjos elaborados, estruturas de composição complexas e uma variedade de texturas sonoras. As composições de Pat Sanders são conhecidas por sua profundidade emocional e por abordar uma variedade de temas introspectivos, desde questões pessoais até narrativas mais amplas sobre a condição humana. As letras muitas vezes são complementadas por melodias vocais expressivas e poderosas, adicionando uma dimensão lírica à música da banda.

Ao longo dos anos, a Drifting Sun lançou uma série de álbuns que demonstram a evolução contínua de sua sonoridade e abordagem musical, além disso, sua formação mudou várias vezes, refletindo de certa forma em uma dinâmica natural que muitas vezes acontece no mundo da música, permitindo que seja implementado novas influências e ideias a cada iteração de membro. No entanto, Sanders e quem continua sendo o principal arquiteto sonoro por trás da música da banda, mantendo a integridade e a visão artística do grupo ao longo das muitas mudanças de formação.

Veil oferece uma experiência sonora envolvente e diversificada, proporcionando uma jornada emocionante. O trabalho destaca-se pela presença marcante e habilidosa dos teclados, apresentando passagens de sintetizador cativantes e atmosferas densas e multicamadas. No entanto, o álbum vai além das expectativas ao explorar texturas, timbres e dinâmicas de uma maneira cheia de frescor.

"Veiled", com os seus apenas 2 minutos, inicia o disco estabelecendo um clima intrigante e atmosférico que se estabelece por meio de uma orquestração, piano e em um coro dramático. "Frailty" é a peça mais longa do disco, uma composição impressionante que apresenta uma série de movimentos distintos, cada um explorando diferentes texturas, indo de elementos melódicos suaves até outros com a energia e a intensidade de um rock mais pesado.  "Eros and Psyche" possui uma introdução onírica por meio de piano e voz, então sofre um ataque instrumental bombástico que a direciona para um ritmo mais enérgico, porém, ainda melódico, principalmente devido as camadas de sintetizadores. "The Thing" apresenta uma variação de ritmos, alternando entre melancolia e uma aura enérgica, o que cria contrastes emocionais impactantes. Teclados cativantes, coros elaborados, um solo chamativo de sintetizador e passagens envolventes de guitarra, além de uma seção rítmica sólida se unem para construir uma paisagem sonora única e diversificada. 

"2-Minute Waltz" é um interlúdio virtuoso de dois minutos em que Pat Sanders mostra a sua habilidade e destreza ao piano. "Through The Veil" possui um excelente trabalho de órgão e de sintetizadores, guitarras robustas, seção rítmica pungente e linhas vocais vibrantes. "The Old Man" começa através de vocais melancólicos que ecoam suavemente, criando um ambiente envolvente e emotivo, enquanto que os sintetizadores os permeiam. Há uma evolução para uma sonoridade mais impactante, com destaque para o solo de guitarra. "Cirkus" encerra o disco de uma maneira envolvente. Possui uma seção rítmica vibrante e pulsante, sintetizadores em camadas que criam um clima festivo e animado, um excelente solo de guitarra – apesar de compacto - e conforme vai se desenvolvendo, sua atmosfera vai ficando mais teatral e grandiosa.

Quando se trata de neo-progressivo, o Drifting Sun certamente se destaca como uma das grandes forças contemporâneas. Com seu álbum Veil, a banda oferece uma abordagem musical de muito elegância, onde ao mesmo tempo que presta homenagem aos mestres do passado, o faz com uma identidade sonora distintamente própria, mergulhando nas raízes do progressivo, incorporando elementos clássicos como complexidade musical, narrativas épicas e uma abordagem artística abrangente.

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Drifting Sun is a progressive rock band originating from London, England, founded in the 1990s by keyboardist and composer Pat Sanders. From the band's early days, Sanders emerged as a prominent creative force, leading the group as the primary architect of its sound and compositions. The band possesses a unique musical identity, characterized by harmonic complexity, progressive structures, and a distinctly sophisticated artistic approach. They are known for creating rich sonic landscapes, blending elements of classic rock with contemporary and experimental nuances.

The band's musical style combines progressive rock with influences ranging from symphonic rock to art rock. Their music is marked by elaborate arrangements, complex compositional structures, and a variety of sonic textures. Pat Sanders' compositions are known for their emotional depth, tackling a range of introspective themes, from personal issues to broader narratives about the human condition. The lyrics are often complemented by expressive and powerful vocal melodies, adding a lyrical dimension to the band's music.

Over the years, Drifting Sun has released a series of albums that showcase the continuous evolution of their sound and musical approach. Their lineup has changed multiple times, reflecting a natural dynamic often seen in the music world, allowing new influences and ideas to be integrated with each new member. Despite these changes, Sanders remains the primary sonic architect behind the band's music, maintaining the group's artistic integrity and vision throughout the many lineup shifts.

Veil offers an engaging and diverse sonic experience, providing an exciting journey. The album is highlighted by the prominent and skillful presence of keyboards, featuring captivating synthesizer passages and dense, multi-layered atmospheres. However, the album exceeds expectations by exploring textures, timbres, and dynamics in a refreshingly innovative way.

"Veiled", with its mere two minutes, opens the album by establishing an intriguing and atmospheric mood through orchestration, piano, and a dramatic choir. "Frailty", the longest track on the album, is an impressive composition that features a series of distinct movements, each exploring different textures, ranging from soft melodic elements to others with the energy and intensity of heavier rock. "Eros and Psyche" has a dreamy introduction with piano and vocals, followed by a bombastic instrumental attack that propels the track into a more energetic, yet still melodic, rhythm, primarily due to the layers of synthesizers. "The Thing" presents a variation of rhythms, alternating between melancholy and an energetic aura, creating impactful emotional contrasts. Captivating keyboards, elaborate choirs, a striking synthesizer solo, and engaging guitar passages, along with a solid rhythm section, come together to build a unique and diverse sonic landscape.

"2-Minute Waltz" is a virtuosic two-minute interlude where Pat Sanders showcases his skill and dexterity on the piano. "Through The Veil" features excellent organ and synthesizer work, robust guitars, a punchy rhythm section, and vibrant vocal lines. "The Old Man" begins with melancholic vocals that echo softly, creating an immersive and emotive environment, while the synthesizers permeate them. The sound evolves into a more impactful one, with a notable guitar solo. "Cirkus" closes the album in an engaging manner. It features a vibrant and pulsating rhythm section, layered synthesizers that create a festive and lively atmosphere, an excellent—though compact—guitar solo, and as it progresses, its atmosphere becomes more theatrical and grandiose.

When it comes to neo-progressive rock, Drifting Sun undoubtedly stands out as one of the contemporary greats. With their album Veil, the band offers a musically elegant approach that simultaneously pays homage to the masters of the past while doing so with a distinctly unique sonic identity. They dive into the roots of progressive rock, incorporating classic elements such as musical complexity, epic narratives, and a comprehensive artistic approach.

NOTA: 9/10

Tracks Listing:

1. Veiled (2:00)
2. Frailty (12:05)
3. Eros and Psyche (5:12)
4. The Thing (7:49)
5. 2-Minute Waltz (2:00)
6. Through the Veil (5:45)
7. The Old Man (5:44)
8. Cirkus (6:34)

Ouça, "The Thing"




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